0 Sobre jardins, fluxos e afins.

 

    O amor transcende
      A alma ascende
      E o dia nasce sem a necessidade de clarear.

      Hoje tenho percebido
      Hoje tenho sentido, e até omitido
      Mas a verdade é que a verdade sempre vem,
      E com ela todas as possibilidades
      E com ela todas as dores.
      Tudo parte de algo o qual não tenho controle,
      Mas que me controla, e me deixo levar.

      A questão  não é como, onde ou quando,
      A questão é que não há uma questão.
      Não há segredos.
      Sem mistérios
      O mistério está nos olhos da alma, o mistério está nos seus olhos
      Olhos que não consigo decifrar e causam aflição.

      Deixar fluir é tão simples e complexo
      Quanto dizer adeus.
      É tão difícil e tão ao nosso alcance
      Quanto saborear a liberdade.

      Deixe fluir,
      Deixe vir as borboletas,
      Mas, antes, deixe o seu jardim em ordem
      (Caos também é ordem!)
      Mas deixe vir, deixe que elas queiram vir
      E elas estarão lá.

      Não é preciso saber nadar.
      Deixar a correnteza te levar
      Te lavar
      Faz bem pra alma
      Acalma
      Ninguém nunca morreu por se afogar nas próprias dores,
      Ninguém morre por mergulhar em si
      Se banhar
      Se sentir
      Só deixar.

     Não ter certeza também é uma certeza
     Não querer também é querer
     Mas o mergulhar fundo
     O afogar
     Ficar sem ar
     É essencial.
     
     E enquanto isso, os jardins se cultivam
     e se cativam, sem que se dê conta.

Lara Leite

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