Hoje o tema foge um pouco do que estamos acostumados a ver aqui no blog. Tenho presenciado muitos atos de ignorância através da internet e até mesmo fora dela, e honestamente, estou de saco cheio disso. Eu sei, vir falar aqui no blog não vai salvar o mundo da ignorância da maioria, mas tenho esperança de que você, queridíssimo leitor, após ler isso, se atente a esse fato e reflita antes de abrir a boca e despejar seu lixo oral pelo mundo afora.

   Com toda a sinceridade, não consigo entender como você pode julgar alguém baseado em seu gosto musical/literário. Como se o fato de fulano amar a Saga Crepúsculo o tornasse menos digno, ou se ciclano odiar Pink Floyd o diminuísse como pessoa. Primeiro é necessário entender a definição de bom e ruim. Muita atenção nessa parte. A definição de bom ou ruim é extremamente relativa e pessoal. O que é bom pra mim pode ser horrível para você e vice versa. Em resumo: gosto e ânus, cada um tem o seu.

   Sem querer ofender, mas Laranja Mecânica é um filme bom, mas não é o melhor do século. Dizer que já leu Bukowski não te torna mais cult. Ouvir bandas underground - ou até mesmo as bandas ditas "clássicas" e que "todo mundo deve ouvir/amar/adorar" -, não vai te tornar um crítico musical apto a julgar o que as outras pessoas ouvem ou deixam de ouvir. E sem contar que dizer que determinado estilo musical é destinado à certa classe social não te fará mais bem sucedido financeiramente. Pelo contrário, tudo isso te tornará um idiota. Ou só colocará em evidência que você sempre foi um.

   Isso não significa que você deva perder seu senso crítico e aceitar tudo o que vê e ouve. Você deve ter opinião e definir o que gosta ou não. Mas o x da questão é saber que a opinião do coleguinha também deve ser respeitada, É humanamente possível (por incrível que pareça) conversar com alguém com gostos e opiniões diferentes da sua e conseguir seguir normalmente o assunto sem armar um barraco. Esse estado de plenitude se chama maturidade, e você poderá se sentir muito orgulhoso se conseguir chegar até lá.

   Enquanto você segue na sua jornada em busca da maturidade, faça o grandioso favor de poupar a humanidade do seu 'mimimi' sem fundamento algum.