Sabe, quando eu era uma simples criança, imaginava que a vida de adultos era melhor. Queria poder ir trabalhar e ter meu próprio dinheiro, sendo que eu pudesse gastar com minas próprias guloseimas. Mas, isso não quer dizer que eu não tenha aproveitado minha infância. Na verdade, acredito que eu fui a criança que mais aproveitou da melhor forma possível e ainda aproveito em certos momentos. Amava subir em árvores frutíferas e ficar horas deliciando as frutas e sem hora marcada de sair. Amava andar de bicicleta, skate, jogar futebol com os amigos do meu irmão, brincar de elástico, queimada, salva bandeira, pique-esconde, peteca e comer uma bacia de pipoca enquanto assistia filmes. Amava aquela época, aquela inocência nos olhos, aquela vontade de achar que poderíamos fazer de tudo sem saber que o mundo é mundo.
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Ah, mas junto com meus irmãos não era uma santa. Ao contrário, eramos completamente desastrados e pestinhas de carteirinha. Certos momentos de silêncio era sinal de problema. Ih, poderia saber, encrenca na certa! Naquelas horas em que você olha para o lado e não sabe para onde correr, você sente um desespero tão grande que suas pernas tremem e você não pensa mais. Aí você chora muito, mas depois aquela dorzinha passa e está pronto para aprontar novamente. Afinal, criança nenhuma está prepara psicologicamente para ficar quietinha sem se mexer.
É natural da criança conhecer mundos novos, descobrir palavras e cores diferentes, saber o motivo de tudo e o porque do ''porque sim''. É natural a criança fazer arte e se sujar de barro e querer continuar na brincadeira. Crianças são inocentes e não passaram pelo o que você passou e aprendeu a adquirir com o tempo. Elas estão menos tempo na Terra, a jornada delas estão começando. E cabe a nós, adultos, saber lidar com os fatos e poder ajudar a transformar essas crianças em pessoas de valores por essa futura sociedade.
Que as crianças de hoje não percam essa inocência, esses momentos de felicidade e pura desordem de brinquedos. Que não perca esses olhos ingênuos, que possuem as melhores gargalhadas já ouvidas, que sempre enxerga os outros com o coração sem fazer distinção de preconceitos que são adquiridos pela sociedade. Que essas crianças ao crescerem continue com o mesmo coração puro e possa transmitir isso aos seus filhos. Pois, somente assim (me ensine outro método se houver) a sociedade poderá evoluir espiritualmente como homens de valores, como pessoas dignas de respeito. Vamos enxergar o mundo como adultos e saber amar como crianças.
PS: Apesar de tudo, aquele meu passado de pestinha ainda me condena!
Lady Di
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